segunda-feira, 7 de setembro de 2009

self destruction

Mandaram que você buscasse saúde e qualidade de vida. Que você se exercitasse regularmente e mantesse sua mente equilibrada com bons pensamentos. Não. Não quero. Não quero me autopreservar, cantar canções felizes e ter pulmões saudáveis. Alimentar-me regular e equilibradamente, nem pensar em coisas boas. Livre-arbítrio, disseram que eu tinha um, mas colocaram uma tv pra me educar. Enquadraram-me em um padrão que não escolhi. Não escolhi nada. Não inventei nada. Engoli tudo o que me deram para comer. Sem reclamar nem reinvindicar. Escutei tudo. Não respondi nada. Agora eu te digo mulher: pra onde foi a liberdade que você sempre disse que tive? Tive? Onde? Quando? Nada de felicidade pra você menina má, nada de sorvete como sobremesa, nada de sobremesa. A menina má que sempre foi melhor que seu queridinho cansou da venda que sempre a cegou. Cansou do cabresto e do cordão umbilical. Apocalypse please, self destruction please. Depois de chorar metade de um rio você entendeu não é mesmo?! Finalmente entendeu criança. Essa tolice de nada vale. Inocência. Doce inocência... esvaindo-se de suas mãos, escorrendo por entre seus dedos. Não vai mais se prender ao saudosismo, nem mesmo tentar entender toda a podridão dos que te cercam. Vai apenas deixar a tola criança trancada no espelho, e quando dela precisar, nada poderá fazer. Engoliu a chave, esqueceu o segredo do cadeado. Será só uma imagem destorcida, borrada. E a felicidade foi trancada com tal imagem. Você enfim escolheu algo. [your self destruction]

5 comentários:

Dani Palombo disse...

*.*³

Anônimo disse...

cute but psyco

gostei demais

Mari disse...

ótimo.
você é foda.

Gleibson Filho disse...

Só peço que mesmo assim, tome conta de seus pulmões!

bjo

Sofia Ainsworth disse...

óóh! *-*
ps. seus comentários estão crescendo \o/