segunda-feira, 12 de julho de 2010

nojo, asco e um pouco de sangue
olhos parados, mente insane
pulsos arrocheados e boca azulada
cabelo bagunçado, respiração ofegante

nunca gostou de clichês, e agora virou um
nunca apreciou as cores, e já vem cheio de arco-íris

silêncio, espera e um pouco de sangue
músculos doloridos, cabeça doendo
dedos esfolados e cotovelos vermelhos
estômago ácido, respiração ofegante

nunca deu explicações, e agora preza o diálogo
nunca esperou nada, mas agora a agonia é incessante

um quase monólogo
um quase escândalo
um quarto fechado
um amor de estudante

nojo das suas palavras
nojo das mesmas palavras repitidas
nojo das suas atitudes infantis
nojo do que vc tem pra dizer

nojo, asco e um pouco de sangue

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