segunda-feira, 16 de maio de 2011

feira de segunda

hoje teve lembranças de retratos mal resolvidos 
quis cantar melodias que deixou de fazer
quis abrir mão da mão que está sempre cheia mas que pras suas necessidades mais infantis sempre esteve vazia e foi ausente.
hoje quis o abraço do mais querido que está longe
longe do corpo e tão perto dos mais doces suspiros.
hoje em olhos nus, que outrora estiveram vestidos de um azuis e rosas; encontrou conforto e tanta coisa pra contar. e tanta coisa.
de uma segunda feira, tão estranha, tão normal, tão fria e quente, tão sua, tão segunda feira, viu mudanças de liberdades. viu mudanças. viu em si vontade de ouvir. e uma ana que cansou de cecílias e lisas.
de uma segunda feira, quis uma segunda feira. quis viver uma segunda feira. e tudo que uma segunda feira representa. e toda essa rotina. 
e toda essa coisa chata de ter coisas chatas pra fazer e ter que fazer.
hoje quis ter nome e sobrenome e sobrenome e endereço e memórias e passado.
e lembraças. e personagens principais em sua história. 
e trilha sonora.
hoje quis ter caixa de cartas e coisas achadas na rua.
e coleções de coisas sem valor.
e trechos de livros na memória.
e fotos que ficaram no subconsciente.
e quis ter os amigos lhe conquistaram de forma sublime.
quis ter que viver mais esse dia.
hoje quis ser ana, vivendo sua segunda feira.

Um comentário:

Lívia Mendes disse...

É quando sabemos sentir a leveza da rotina, vendo com olhos calmos a trivialidade, a delicadeza desses dias comuns.